Há um ano o comércio de Belo Horizonte oferece sacolas biodegradáveis, que não agridem o meio ambiente. Mas um teste mostrou que o plástico de muitas delas continua igual ao usado antes.
Parecia a solução perfeita. Há um ano o comércio de Belo Horizonte
oferece sacolas biodegradáveis, que não agridem o meio ambiente. Mas um
teste mostrou que o plástico continua igual ao usado antes.
Nos supermercados, os consumidores usam sacolas de papel, retornáveis e
caixas de papelão, mas muitos clientes ainda não se adaptaram e estão
roubando cestinhas. Em um supermercado, desde 4 de abril, 200
desapareceram.
Em Belo Horizonte, há um ano, as sacolinhas de plástico foram
eliminadas. O comércio oferece a de material biodegradável por R$ 0,19
cada uma. Mas o produto que o consumidor está comprando pode não ser tão
bom para o meio ambiente quanto parece. Foi o que constatou uma
pesquisa de qualidade dos produtos feita por universitários.
Os alunos universitários recolheram 100 sacolinhas em diferentes pontos comerciais. A
maioria traz a informação de que o plástico vai se decompor em até seis
meses, mas, conforme os testes feitos no laboratório de um centro
universitário, nem todas elas se degradaram nesse prazo.
Em um equipamento de infravermelho, é possível fazer a impressão
digital do material que compõe as sacolas. “Aqui está falando que a
embalagem é biodegradável, mas não é biodegradável. Você pega uma sacola
de um ano atrás que não estava na lei, e o gráfico é o mesmo dessa
sacola que está sendo comercializada atualmente”, afirma o professor de
química Luciano Emerich.
Outros testes foram feitos colocando o plástico na terra, na água e no
ar para sofrer a ação dos microorganismos que existem no meio ambiente.
“O que deveria a acontecer é que essa sacolinha começaria a ser
utilizada como nutriente pelos microorganismos do meio ambiente. Então,
essa sacolinha seria aos poucos digerida, algumas partes sendo corroídas
até a decomposição total, a destruição total do plástico”, explica a
professora de microbiologia Gabriela Froes.
“A maioria, 64%, continua sendo a mesma sacola convencional que demora
aproximadamente 400 anos para se degradar”, destaca o aluno Iago Soares,
de engenharia ambiental.
*** Veja a reportagem completa: http://g1.globo.com/
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