sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cientistas estudam química do amor

Será que uma pílula ou um spray nasal seriam capazes de salvar um casamento? 

Por Maggie Fox

Talvez, segundo pesquisadores que investigam a base química da mais elusiva das emoções -- o amor.
Larry Young diz que seu objetivo não é criar uma poção do amor high-tech, e sim entender distúrbios graves, como o autismo, que afeta a capacidade de formar vínculos sentimentais.

"Os biólogos em breve poderão reduzir certos estados mentais associados ao amor a uma cadeia bioquímica de eventos", disse Young, do Centro Nacional Yerkes de Pesquisas de Primatas, na Universidade Emory (Atlanta), em artigo na revista Nature.

Seu estudo com arganazes (roedores das pradarias norte-americanas) demonstrou que uma rápida dose do hormônio correto pode alterar drasticamente os relacionamentos.

Esses graciosos roedores são um bom modelo para as relações humanas, segundo Young. Ao contrário de outros animais, eles formam casais que criam os filhotes e passam a vida juntos. Mas é fácil mudar esse comportamento.

"É uma reação química. Pelo menos nos arganazes sabemos que, se você pega uma fêmea, a coloca com um macho e infunde oxitocina no seu cérebro, ela vai rapidamente criar laços com esse macho", explicou ele por telefone.

Já ao rebaixar os níveis naturais de oxitocina -- hormônio envolvido no parto, nos cuidados maternos e nos laços sociais -- ela rejeita o macho como parceiro, mesmo que haja diversas cópulas.

"Os experimentos demonstraram que um borrifo nasal de oxitocina aumenta a confiança e sintoniza as pessoas nas emoções das outras", escreveu Young na Nature.

"Empreendedores da Internet já estão comercializando produtos como o Confiança Líquida Reforçada, uma mistura de oxitocina e feromônios, como uma colônia, preparada para reforçar o quesito namoro e relacionamentos na sua vida", escreveu ele.

Ele acha possível também chegar a um remédio contra crises conjugais. "Se pudéssemos usar uma droga em combinação com a terapia conjugal, seria desejável."
Young também está convencido de que o amor não se resume a um só hormônio. Outros estudos já demonstraram que diferenças em um gene chamado complexo maior da histocompatibilidade, que afeta o sistema imunológico, pode estar envolvido na atração sexual inicial. Para os homens, o hormônio vasopressina parece ser mais importante.

Mas tudo isso é claramente biológico, segundo o cientista. "Acho que o amor nos humanos evoluiu para nos manter juntos", disse.

Isso significa que outros animais provavelmente também amam.

"Qualquer mamífero, quando a mãe tem bebês, fica ligado a esses bebês e faria qualquer coisa para protegê-los. Trata-se de uma química cerebral ubíqua, e isso estimula os laços," disse.

"Seja como for, os recentes avanços na biologia da ligação dos pares significa que não vai demorar muito até que um pretendente inescrupuloso jogue uma 'poção do amor' farmacêutica na nossa bebida. E se fizerem isso, será que vamos ligar? Afinal, amor é insanidade", escreveu ele.

http://www.abril.com.br/noticias/mundo/cientistas-estudam-quimica-amor-229923.shtml

Usos da Oxitocina para interações sociais

Oxitocina: Molécula do amor

 

A oxitocina é um hormônio produzido pelo hipotálamo e é conhecida como hormônio do amor (que fofo). 

Essa substância dá sensação de prazer em interações sociais, principalmente ao que se refere aos filhos. Também diminui a cortisol, que é produzida em momentos de estresse. E depois do orgasmo, a produção de oxitocina aumenta em 400% dando aquela sensação de prazer imenso, levando as pessoas às nuvens. Não é a toa que ficamos mais generosos sob influência dessa substância.

Recentemente acharam uma nova utilidade para esse hormônio muito serelepe: o tratamento do autismo. Como todo mundo sabe (ou pelo menos seria bom saber) o autismo é uma disfunção no indivíduo que causa problemas de comunicação e relacionamento social. Muitas vezes existe o mito que autistas vivem isoladas em seu próprio mundo, mas não é verdade, elas apenas não têm iniciativa para a interação social.

Pesquisas feitas em pessoas autistas revelaram que sob a influência da oxitocina suas interações ficam mais claras as fazendo-as olhar nos olhos dos outros e atribuir sinais claros de justiça social por meio de um programa de computador (usado no experimento). Onde o jogador tinha que passar a bola para outros jogadores com aparência mais amigáveis e para outros com aparência mais agressiva. Durante o teste, as pessoas que receberam dose do hormônio distinguiam melhor os amigáveis e evitavam passar a bola para os mais agressivos, e sem o hormônio a interação entre ambos eram praticamente iguais (demonstrando a dificuldade em distinguir nuances de outros indivíduos). 

Prosseguindo o estudo, a oxitocina poderá ser usada em tratamento de outras doenças sociais como a esquizofrenia e ansiedade.

 http://reevolucao.net/2010/02/23/usos-da-oxitocina-para-interacoes-sociais/


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