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A exploração de petróleo põe em risco o Ártico. Ano passado houve um derramamento na Nova Zelândia e nos últimos 60 dias o Brasil registrou quatro vazamentos na camada de pré-sal no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Um duto também se rompeu no Rio Grande do Sul recentemente. Em novembro de 2011 também houve o vazamento da Chevron no litorial fluminense. O ouro negro, do qual a sociedade é tão dependente, vai deixando seu rastro de sujeira.
Dessa forma, o Greenpeace Brasil está fazendo uma campanha que pede às dez companhias que têm concessões de poços na Bahia, inclusive a Shell, que assinem uma moratória de 20 anos e não perfurem nos arredores do Parque Nacional Marinho de Abrolhos.
Essa é a única região do país aonde as baleias jubartes, vindas da Antártida, se reproduzem. Também fica em Abrolhos um dos mais importantes recifes de corais de todo o Atlântico Sul. Em seus mares habita uma fauna marinha riquíssima.
Se essas companhias ignorarem a petição que pede a moratória, a biodiversidade e o clima estão sob grave ameaça. A exploração de petróleo indiscriminada em águas profundas, cuja tecnologia ainda está sendo desenvolvida, pode macular esse delicado ecossistema.
Até agora 30 mil pessoas já pediram para as empresas não explorarem petróleo perto de Abrolhos. Sua ajuda é valiosa: faça parte deste grupo e assine também.
Blog destinado aos apaixonados pela Química ... especialmente aos “meus” alunos e ex-alunos: "O professor se liga à eternidade. Ele nunca sabe quando cessa a sua influência". (Henry Adams)
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Ártico, Brasil, Nova Zelândia: o rastro de sujeira do petróleo
Ativistas presos por bloqueio de navio
A atriz Lucy Lawless e mais seis ativistas do Greenpeace da Nova Zelândia foram presos por bloquear navio da Shell que explorará petróleo no Ártico
Após 77 horas de resistência pacífica no topo de navio da Shell, a polícia prendeu os ativistas. (© Nigel Marple / Greenpeace)
Terminou na manhã de hoje a ocupação pacífica de um navio petroleiro da Shell, na Nova Zelândia, por sete ativistas do Greenpeace, entre eles a atriz Lucy Lawless, da série “Xena, a Princesa Guerreira”. Após 77 horas de resistência no topo da torre de perfuração de 53 metros, a polícia invadiu o navio e prendeu o grupo.
A ocupação do navio foi uma resposta do Greenpeace à decisão da Shell de perfurar petróleo próximo à costa do Alaska. O navio se preparava para seguir em direção ao mar de Chukchi, na costa do Alaska, onde se prevê a perfuração de três poços neste verão.
“Este capítulo acabou, mas a história da batalha para salvar o Ártico está apenas começando”, disse Lawless, antes de ser presa. “Nós continuaremos a ser solidários com as comunidades e espécies que dependem do Ártico para a sua sobrevivência até que a Shell cancele seus planos de perfurar neste mundo mágico e mude para a exploração de energia limpa e sustentável.”
Apesar do movimento de ocupação ter sido pacifico, sem qualquer incidente, os promotores neozelandeses estão acusando os ativistas por roubo. O Greenpeace, entretanto, insiste que nenhuma propriedade foi levada ou danificada durante a ocupação.
Ao longo da ocupação, mais de 135 mil ciberativistas enviaram e-mails para a Shell pedindo que seus planos de perfurar no Ártico sejam abortados. Também pelo Twitter, milhares de internautas comentaram os protestos usando a hashtag #savethearctic. Celebridades como Jared Leto e a página oficial dos Beatles também postaram mensagens a respeito para os seus seguidores.
"Fizemos o que viemos fazer", disse Lawless. “Juntos enviamos uma mensagem clara para a Shell, que ecoou em todo o mundo: é hora de impor um limite e dizer basta."
A decisão da multinacional anglo-holandesa Shell de perfurar poços de petróleo na costa do Alaska pode levar a uma corrida pelo óleo sem precedentes na região. Mas as baixíssimas temperaturas, condições meteorológicas extremas e uma localização muito remota tornam a operação muito arriscada. Qualquer vazamento pode representar um dano irreversível ao ecossistema do Ártico. A contenção e a limpeza são praticamente impossíveis.
Notícia - 27 - fev - 2012
Carga química derrubada na BR-290 no RS pode trazer riscos à saúde
Engenheira química avalia condições no local do acidente com caminhão.
Freeway segue parcialmente bloqueada para avaliação dos especialistas.
Tatiana Lopes e Dayanne Rodrigues
Carga química derrubada na BR-290 no RS
pode trazer riscos à saúde (Foto: Reprodução/RBS TV)
pode trazer riscos à saúde (Foto: Reprodução/RBS TV)
Especialistas trabalham na BR-290, no Rio Grande do Sul , na manhã desta quarta (29), onde um caminhão carregado com a sustância química metil-etil-cetona saiu da pista e explodiu na noite de terça (28). O acidente ocorreu em uma ponte no km 81, no sentido Porto Alegre-Litoral. De acordo com a concessionária que administra a rodovia, duas pistas seguem bloqueadas, sendo alternadas para a passagem do fluxo, que é tranquilo. Avaliações preliminares da engenheira Daniele Mello, do Sindicato dos Transportadores de Cargas Perigosas do RS, apontam que o produto pode trazer riscos à saúde.
Segundo a concessionária Concepa, técnicos fazem um estudo sobre a recuperação da estrada. Uma das vias ficou com o pavimento mais prejudicado. No entanto, a análise preliminar não apontou problema estrutural. Os especialistas seguirão no local nas próximas horas, e a expectativa é que o trânsito seja totalmente liberado somente no final da tarde. "Existe um pequeno risco (à saúde), mas ainda não temos como saber a proporção", disse a engenheira.
Ainda não há uma conclusão sobre como a carga do caminhão pegou fogo. O motorista conseguiu escapar sem ferimentos. Logo após o acidente, por volta das 20h30 de terça, as três pistas da freeway ficaram bloqueadas durante aproximadamente quatro horas. Pouco depois da meia-noite, uma delas foi liberada. Agora, a da esquerda e a do centro alternam a passagem dos veículos. No início da manhã o trânsito ficou lento, principalmente devido a curiosos que diminuíam a velocidade no local.
Depois que a avaliação sobre a estrutura da ponte for concluída, a carga tóxica será sugada de dentro dos tonéis. Em seguida, o recipiente onde estava o produto será recolhido pelos técnicos. Para evitar uma contaminação maior no solo e no arroio que passa debaixo da ponte, parte da terra será removida. Técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) também avaliam os danos causados no meio ambiente.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Tecnologia brasileira monitora distúrbios gastrointestinais
O sensor de antimônio miniaturizado pode ser inserido no
esôfago por meio de um catéter.[Imagem: IFSC]
Sensor de acidez
Pesquisadores brasileiros desenvolveram um equipamento portátil capaz de medir a acidez no esôfago humano.
Transmitidos a um computador, através de um cabo USB, os dados coletados pelo sensor fornecem um laudo de fácil leitura para diagnóstico de pacientes que sofrem de refluxos ácidos por distúrbios gastrointestinais.
O aparelho, que emprega um material chamado monocristais de antimônio, foi desenvolvido no Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da USP.
pH do esôfago
Segundo o professor José Pedro Andreeta, coordenador da pesquisa, o antimônio é um elemento químico que, ao entrar em contato com um meio ácido, fornece um sinal eletrônico proporcional à acidez deste meio.
"Isso faz com que ele seja o material mais conveniente para ser aplicado como sensor de pH", explica o pesquisador.
Além disso, o antimônio tem duas grandes vantagens: a possibilidade natural de miniaturização, e uma baixa impedância, que é a oposição ao fluxo de transferência de energia.
"A interferência do sensor deve ser desprezível quando queremos determinar o pH de sistemas biológicos, constituídos por soluções de pequeno volume, como é o caso de órgãos do sistema digestivo humano," diz o cientista.
Dominando a técnica de produção destes monocristais em laboratório, foi produzido um sensor para aplicação possível no esôfago humano através de um cateter.
A partir da monitoração, um dispositivo eletrônico se encarrega de produzir laudos médicos que oferecem um diagnóstico de fácil leitura, calculado com base em métodos pré-estabelecidos de cálculo de pH, como as pontuações de DeMeester e de Boix-Ochoa.
Monocristais de antimônio
Trabalhos feitos até agora usavam o antimônio policristalino, que costuma ter baixa estabilidade e resolução fraca.
Os monocristais, por sua vez, são desenvolvidos a partir de processos que evitam a necessidade de cortes e polimentos pós-preparação, o que, além de custar caro, ocasiona defeitos indesejáveis no material.
"Os monocristais foram crescidos em forma de fibras, com dimensões apropriadas para aplicação nos eletrodos, sem prévia manipulação", conta Andreeta.
Este processo está sendo patenteado pela USP em parceria com a Alacer Biomédica, indústria eletrônica que financiou a pesquisa e já manipula a técnica, transformando-a em um produto final acessível e já disponível no mercado.
O que são monocristais?
Andreeta explica a necessidade de desenvolvimento de uma técnica de crescimento dos monocristais de antimônio.
Segundo ele, em um cristal há uma organização sequencial de átomos em uma rede cristalina, razão pela qual é comum encontrar na natureza corpos sólidos cerâmicos que são constituídos de uma infinidade de microcristais, o que mascara as suas propriedades e inviabiliza, muitas vezes, as suas aplicações tecnológicas.
Já um monocristal, por sua vez, é um material sólido, constituído por um único cristal.
Exemplos de monocristais são os diamantes que encontramos na natureza: sua organização atômica é quase perfeita e segue uma rede cristalina pré-estabelecida.
"A preparação de um monocristal em laboratório é normalmente muito mais difícil do que a preparação de um material cerâmico, porque muitos parâmetros devem ser controlados", comenta Andreeta.
É por esta razão que eles raramente são encontrados na natureza e têm um custo tão elevado.
http://www.diariodasaude.com.br
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