A grande diferença entre o sabonete íntimo líquido e o comum em barra é basicamente no pH
Os sabonetes íntimos vêm ganhando cada vez mais espaço nas prateleiras dos supermercados e farmácias e já virou indispensável na higiene intima da mulher. Porém, conforme o ginecologista Fernando Sansone, presidente da regional do ABC da SOGESP (Associação de Obstetricia e Ginecologia de São Paulo) o uso do sabonete íntimo gera conforto, não só do ponto de vista da higiene, como da fragrância, mas do ponto de vista médico, não protege contra nenhuma doença.
O problema é quando a mulher resolve usá-lo em excesso, conforme explica Sansone “Se utilizado mais de uma vez ao dia, diariamente, como com qualquer sabonete, a pele genital fica descamante e agredida”. Além disso, ao adquirir o produto, deve ser observada a presença de substâncias como o propilenoglicol, que provocam vulvite química - irritabilidade pela reação ao produto químico - em boa parte das mulheres.
A grande diferença entre o sabonete íntimo líquido e o comum em barra é basicamente no pH, que expressa a acidez do produto. “O sabonete intimo tem o pH, a acidez, mais adequado a pele genital, que tem a composição química diferente da pele do corpo”. Segundo Sansone, a pele genital está sempre umedecida, em renovação e decompondo substâncias relativas à urina, além do pH ácido, em torno de 4,4. “O sabonete em barra pode mudar as condições nas quais as bactérias com funções benignas para a genital vivem, abrindo espaço para bactérias nocivas aparecerem” completa o especialista. No entanto, isto acontece se ele não for utilizado adequadamente, “Mulheres que não utilizam o sabonete íntimo nem o comum em excesso não estão sujeitas a doenças por causa disso” esclarece o especialista.
Ainda assim o ginecologista garante que, para a boa higiene estar garantida, deve-se realizar ducha com água corrente, tanto depois de urinar quanto evacuar “Recomendamos atenção maior para ducha após a evacuação, pois as bactérias do ânus podem facilmente passar para a vulva, pela calcinha, e provocar doenças” alerta Sansone.
(Colaborou Nathália Blanco)
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