terça-feira, 26 de junho de 2012

Coca-cola brasileira tem taxas maiores de corante cancerígeno, diz estudo

Valor encontrado ainda está abaixo do limite estabelecido pela Anvisa.
 Substância é usada no corante caramelo, usado na bebida.



Foto internet



Um estudo divulgado nos Estados Unidos pelo Centro de Ciência de Interesse Público (CSPI, na sigla em inglês), nesta terça-feira (26), mostra que as latas do refrigerante Coca-Cola vendidas no Brasil têm a mais alta concentração da substância 4-metil imidazol (4-MI), que, em altas quantidades, poderia levar ao câncer.
País Quantidade de 4-MI por 355 ml de refrigerante
Brasil 267 microgramas
Quênia 177 microgramas
Canadá 160 microgramas
Emirados Árabes Unidos 155 microgramas
México 147 microgramas
Reino Unido 145 microgramas
Estados Unidos (Washington) 144 microgramas
Japão 72 microgramas
China 56 microgramas
 
As latinhas analisadas no país apresentaram 267 mcg (microgramas) de 4-MI por 355 ml de refrigerante. A substância é usada na fabricação do corante caramelo. Pelas normas brasileiras, estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seu uso é permitido, "desde que o teor de 4-metil imidazol não exceda no mesmo a 200 mg/kg".

(Correção: ao ser publicada, esta reportagem apresentou a medida mg, miligrama, em vez de mcg, micrograma, ao se referir às quantias da substância avaliada no estudo. Após alerta de leitores, o erro foi corrigido às 20h59.)

O valor encontrado nas latinhas brasileiras está abaixo do limite da Anvisa, mas é o mais alto entre os países analisados. O Quênia fica em segundo lugar, com 177 mcg de 4-MI por 355 ml, seguido por Canadá (160 mcg), Emirados Árabes Unidos (155 mcg), México (147 mcg), Reino Unido (145 mcg), Estados Unidos (Washington - 144 mcg), Japão (72 mcg) e China (56 mcg).
A pesquisa foi feita pelo mesmo instituto de pesquisas que, em março fez o mesmo alerta para a substância em latinhas de refrigerante encontradas na Califórnia. Depois disso, a Coca-cola alterou sua fórmula e a taxa de 4-Mi local caiu para 4 mcg por 355 ml.
De acordo com a Coca-Cola, a quantidade da substância 4-MI presente no corante caramelo utilizado dos produtos é "absolutamente segura". A empresa afirma que "os índices do ingrediente apontados em amostra brasileira de Coca-Cola pela recente pesquisa do CSPI (Center for Science in the Public Interest) estão dentro dos padrões aprovados pela Anvisa".

A companhia informou que não vai alterar sua fórmula mundialmente conhecida. "Mudanças no processo de fabricação de qualquer um dos ingredientes, como o corante caramelo, não tem potencial para modificar a cor ou o sabor da bebida. Ao longo dos anos já implementamos outras mudanças no processo de fabricação de ingredientes, no entanto, sem alterar nossa fórmula secreta", informou a empresa, via nota.

Ainda segundo a Coca-Cola Brasil, seus produtos são fabricados dentro das normas de segurança e a empresa continuará a seguir orientações de "evidências científicas sólidas".

Toxicologista explica efeito
Em março, o toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (Ceatox), explicou ao G1 que a substância se mostrou tóxica para ratos e camundongos na concentração de 360 mg/kg, que é pouco menos que o dobro do limite legal no Brasil.
O especialista explicou que o órgão mais exposto ao câncer nesses animais foi o pulmão. O fígado também ficou sujeito a diversas alterações, incluindo câncer. Além disso, foram registradas mudanças neurológicas, como convulsões e excitabilidade.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Quase ninguém sabe o que os governos estão a decidir na Rio+20


Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Um índio no metropolitano, a caminho da Cúpula dos Povos




Se há uma incógnita na Rio+20 é até que ponto a sociedade civil está de facto a ser ouvida nas decisões tomadas pela ONU.

Não são apenas 40 quilómetros de densa selva urbana que separam Jacarepaguá do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. No Flamengo, onde a sociedade civil se reúne na colorida Cúpula dos Povos, quase ninguém parece saber o que os governos estão a decidir lá longe, na conferência Rio+20. Nem mesmo que na terça-feira ficou acordado um novo guião mundial para se tentar salvar o planeta.

"Fiquei sabendo por cima", diz o hare krishna Maha Guru, 33 anos, ou Marcos Gouveia de baptismo. "Não sei, estou aqui dentro desde que cheguei", alinha o argentino Alejandro Mariani, sentado na tenda do Movimento dos Sem Terra. "A única coisa que a gente ouviu falar é que estão discutindo um documento muito fraco", confessa Nathalia Barbosa, 16 anos, da Federação dos Bandeirantes do Brasil - uma organização semelhante à dos escuteiros.

Se há uma incógnita ainda não resolvida no grande circo montado à volta da Rio+20 é até que ponto a sociedade civil está de facto a ser ouvida nas decisões tomadas pelas Nações Unidas. Representantes de organizações não-governamentais tiveram assento nas salas de negociações, mas sem direito a falar. Ainda assim, puderam fazer o seu lobby directamente junto dos representantes governamentais nestas sessões. Nem tudo correu bem e pelo menos numa reunião, sobre os oceanos, as ONG foram convidadas a sair da sala no momento mais crítico da discussão, segundo relatou na terça-feira, numa conferência de imprensa, um representante da organização High Seas Alliance.

O que certamente não há é uma ligação umbilical entre o que se passa no Riocentro, onde estão os governos, e o Aterro do Flamengo, onde a Cúpula dos Povos é uma espécie de sinfonia de todas as causas sociais. Em cada uma das tendas que pontilham a língua de área verde à borda da água no Flamengo estão protestos, ou ideias, ou produtos, ou debates.

No espaço do Instituto Terra de Protecção Ambiental, dezenas de pessoas ouvem uma explicação detalhada sobre a constitucionalidade ou não do polémico código florestal brasileiro. Ao lado, na tenda Chico Science, o tema é educação ambiental. Mais à frente, pede-se liberdade para o povo sarauí, do Sara Ocidental. Adiante, os "catadores" de lixo reciclável debatem aspectos da profissão. E um grupo de grevistas da Universidade de Brasília veio à Rio+20 trazer as suas reivindicações: "Nós estamos pedindo aumento", explica um trabalhador.

Na tenda do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, vende-se cacau de agricultura biológica. A cachaça, também orgânica, já foi toda. A produção é do assentamento Terra Vista, na Bahia, uma antiga propriedade rural ocupada há duas décadas e onde Ayrton Baltazar, 72 anos, diz que não entram químicos: "Não mexo em veneno ou adubo há mais de dez anos".

O professor de educação física Neumar Ramos, 33 anos, veio de bicicleta desde Curitiba, no sul do Brasil, a 1100 quilómetros do Rio. A conferência formal da ONU é algo distante, da qual nada sabe. "A gente está totalmente fora", afirma. Cerca de 300 bicicletas se juntariam à "marcha dos povos", prevista para a tarde. "Para nós, a importância maior são os protestos, para mostrar que ainda estamos aqui e que não vamos desistir".

No outro extremo do parque, a Cúpula dos Povos é essencialmente indígena, com profusão de corpos pintados, cabeças com cocares, chocalhos, flechas, penas e incontáveis índios a vender artesanato. Cremilda Wassu, da tribo Wassu Cocal, do estado de Alagoas (nordeste do Brasil), também não sabe o que os governos estão a decidir no Riocentro. E também está ali para protestar. A sua tribo tinha, originalmente, uma área de 57 mil hectares para praticar o seu modelo de sustentabilidade. Hoje têm 2700 hectares. "As melhores áreas de plantação estão com os sem terra e com os fazendeiros. Para nós, é só serra e pedras", lamenta. "Como é que pode haver desenvolvimento sustentável indígena sem terra?", pergunta.

Algumas posições da Cúpula dos Povos, decididas em reuniões plenárias, têm sido encaminhadas para a cimeira dos governos. Também algumas organizações estão presentes em ambos os fóruns. Mas mesmo para quem tem conhecimento do que se está a passar no Riocentro, o sentimento não é favorável. A agricultora japonesa Mariko Hamaguchi teme um aspecto em particular do documento aprovado na terça-feira. "Economia verde, não", diz, através de um intérprete, usando uma metáfora como explicação: "A casa está quase destruída. Para recomeçar, é preciso construir a base, uma ideia nova. Ideia velha é só para quebrar o galho".

Hamaguchi pertence à Rede Civil do Japão para a Década das Nações Unidas para a Biodiversidade e tem acompanhado as discussões no Riocentro. Na Cúpula dos Povos, juntou-se aos protestos contra o nuclear - ela que vive a 170 quilómetros de Fukushima e que deixou de poder comer arroz integral, pois a radioactividade acumula-se na camada externa do grão. "Agora, só arroz branco".

Enquanto os cariocas passeiam no Aterro do Flamengo, beneficiando da tolerância de ponto concedida até sexta-feira, mais de uma centena de chefes de Estado e de governo deram ontem início à parte formal da Rio+20, em que será em definitivo o documento "O futuro que queremos", já acordado pelas delegações de 193 países na terça-feira.

Com 49 páginas e 283 parágrafos, muitos com a impenetrável linguagem diplomática das Nações Unidas, o documento aposta na económica verde como "instrumento importante" para o desenvolvimento sustentável e diz que é preciso mais recursos para os países menos desenvolvidos, sem especificar quanto, nem de onde virá o dinheiro.

Também cria um fórum ministerial para a sustentabilidade no Conselho Económico e Social da ONU e lança um processo intergovernamental para discutir futuros "objectivos de desenvolvimento sustentável".

Embora haja mais algumas novidades, o texto tem sido criticado pela falta de metas e datas concretas para pôr em prática o que estabelece. 

Ricardo Garcia, no Rio de Janeiro 
  http://ecosfera.publico.clix.pt

terça-feira, 19 de junho de 2012

Processo químico suíço produz jeans ecologicamente correto

Muitos litros de água e de produtos químicos são gastos para produzir jeans, e os fabricantes de roupas ecologicamente conscientes perceberam anos atrás a necessidade de fazer versões mais sustentáveis destas calças populares. 

Mas uma empresa química suíça afirmou nesta terça-feira que seu processo de fabricação de calças jeans ecologicamente corretas pode dinamizar esses esforços, economizando água suficiente para atender às necessidades de 1,7 milhão de pessoas por ano se um quarto dos produtores de jeans no mundo começassem a utilizá-la.

A tecnologia, conhecida como Advanced Denim, foi descrita na 16º Conferência de Engenharia e Química Verde, patrocinada pela American Chemical Society's Green Chemistry Institute. Miguel Sanchez, um engenheiro têxtil da Clariant, afirmou que a técnica permite produzir um par de jeans utilizando até 92% menos água e até 30% menos energia em comparação com os métodos tradicionais de fabricação de jeans.

As técnicas tradicionais podem exigir até 15 tonéis de tingimento e uma série de produtos químicos, enquanto a Advanced Denim utiliza um tonel e um novo tipo de corante de enxofre líquido que requer apenas um agente redutor à base de açúcar, explicou. O processo, se for utilizado em larga escala, pode economizar até 2,5 bilhões de galões de água por ano, evitar a liberação de 8,3 milhões de metros cúbicos de águas residuais e poupar até 220 milhões de quilowatts-hora de eletricidade, acrescentou. "A Advanced Denim quer ir além das tecnologias que hoje são consideradas padrão para a obtenção de brim", disse Sanchez.

Muitas outras empresas, incluindo a gigante do jeans Levi-Strauss, já fazem suas próprias versões de jeans ecologicamente correto, que utilizam menos água, são feitos com algodão orgânico ou usam corantes naturais. No entanto, esses produtos continuam a ser um nicho de mercado. O jeans, particularmente aquele produzido de forma a parecer que já foram utilizados, tem sofrido muitas críticas nos últimos anos pelo desperdício de água devido ao uso excessivo de produtos químicos prejudiciais em sua produção e pela utilização da técnica de jateamento, que pode colocar em perigo a saúde dos trabalhadores
http://noticias.terra.com.br

Enquanto isso no Brasil...



A Fiação e Tecelagem São José ( PE ) é a primeira no país ter um Denim certificado em 100% orgânico. O presidente da Tecelagem vê o negocio do jeans ecológico como um futuro que já começa a acontecer. Acrescentando  “A Tecelagem São José está preparada para os novos rumos da produção de confecção, que é a sustentabilidade". http://2primas.wordpress.com

"A Fiação e Tecelagem São José (PE) tem em sua cultura um forte apelo ecológico e, por isso, tem trabalhado o desenvolvimento com produtos naturais. Dentro desse contexto, já está certificada pelo Instituto Biodinâmico (IBD) para a produção de um Denim 100% orgânico com a utilização de algodão, Índigo Blue e químicos auxiliares naturais e orgânicos também certificados, assim como seu processo de produção". http://www.tecelsaojose.com.br/tecelloja/

segunda-feira, 18 de junho de 2012

18 de Junho é o dia do Químico


 (imagem internet)
 
18 de Junho é o dia do Químico, esta data foi e escolhida porque neste dia, no ano de 1956, foi criado o Conselho Federal de Química, juntamente com os Conselhos Regionais de Química. Mas a profissão de Químico é um pouco mais antiga, foi regulamentada em 1934.

A Química em si é o material de trabalho do Químico: o estudo da matéria, sua composição e suas transformações. A química tem sua origem na Alquimia, ciência da Antiguidade, hoje ela faz parte de nosso cotidiano, está presente em quase todas as indústrias, através dela é possível fabricar vários produtos como: cosméticos, tintas, remédios, fertilizantes, dentre outros.

O químico atua por meio da análise e da síntese, as atividades realizadas por este profissional vão desde o desenvolvimento de produtos, controle de processos químicos, tratamento de resíduos industriais, saneamento básico, gestão ambiental até planejamento e direção de empresas.

O principal atributo do Químico é usar os conhecimentos e propriedades químicas conhecidas para criar novas substâncias, melhorar processos industriais, realizar pesquisas em diversas áreas, como por exemplo, derivados do petróleo (desenvolvendo novos combustíveis) e ainda na obtenção de novas formas de energia, como os biocombustíveis, energia nuclear, etc.

Parabéns a todos os Químicos! Nossos agradecimentos pelas várias descobertas que levaram a importantes avanços científicos e tecnológicos.

Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola - http://www.brasilescola.com

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Chá de camomila não clareia os fios; veja mitos e verdades


Infelizmente é mito que o chá de camomila clareia os fios de cabelos. Foto: Shutterstock
Infelizmente é mito que o chá de camomila clareia os fios de cabelos
Foto: Shutterstock


Chá de camomila clareia as madeixas? A babosa trata os fios e dá brilho? O abacate hidrata? Nossas avós já usavam esses ingredientes nas madeixas e ensinavam as receitas a suas filhas, mas será que funcionam mesmo? A especialista Sônia Corazza, engenharia química especializada em cosmetologia, esclarece o que é mito e o que é verdade sobre a aplicação de cada um no cabelo. Confira.
 
Chá de camomila clareia: mito
Esse chá possui um ingrediente chamado apigenina que tem poder iluminador e age como se fosse um difusor ótico, refletindo a cor amarelo-dourado. Ou seja, proporciona reflexos iluminados e não um clareamento (o tom dos fios não vai mudar com o chá). Isso vale tanto para os cabelos claros quanto para os escuros, sendo que nos claros, o brilho fica mais evidente.
 
Em casa: se a intenção é o efeito luminosidade, você pode usar o chá em casa porque ele não fará mal ao couro cabeludo nem aos fios. Sempre depois que lavar os cabelos, jogue o chá de camomila (de morno para frio) sobre as madeixas. Não enxágue. O chá deve ser bem concentrado: dois sachês para uma xícara de água. O resultado será observado após um mês.
 
Abacate hidrata as madeixas: verdade
O óleo do abacate é rico em ácidos graxos essenciais e lipídeos, que restauram o manto protetor da cutícula do cabelo. No processo de lavagem, os cabelos perdem essa camada de "gordura" natural, que é fabricada pelas glândulas sebáceas presentes no couro cabeludo. Com isso os fios ficam mais ressecados e propensos à formação de eletricidade estática - o repudiado frizz.
Quando se usa um produto formulado com óleo de abacate, por exemplo, num condicionador, ajuda-se na reposição dos ativos lipídicos. Portanto, colabora-se para manter a penteabilidade, o brilho e a maciez. Além disso, a presença desses lipídeos também evita a perda da umidade das madeixas.
 
Em casa: bata no liquidificador, ou amasse bem, meio abacate e passe nos fios limpos e úmidos. Deixe agir por cerca de 20 minutos e enxágue.
 
Babosa trata os fios e dá brilho: verdade
A babosa contém mucilagos, substância capaz de reter a umidade nos fios, promovendo a hidratação.
 
Em casa: abra a folha de babosa ao meio e raspe a parte branca interna, a polpa, tomando cuidado para não tocar na casca, já que esta contém substâncias que podem causar irritabilidade ao couro cabeludo e até manchas na pele. Bata a polpa de uma ou duas folhas no liquidificador, sem água, e aplique nos fios lavados e úmidos, sem tocar a raiz. Deixe agir por cerca de 20 minutos - não menos, para que a substância consiga fazer efeito, nem mais para que não cause hipersensibilidade. Enxágue em seguida.
http://terra.com.br 

Nanotubos de carbono substituem platina como catalisador


Nanotubos substituem platina em bateria a ar e célula a combustível
O desbaste químico da parede externa dos nanotubos cria folhas de grafeno (brancas) onde se depositam átomos de ferro e nitrogênio, que funcionam como sítios de catálise para as reações químicas. [Imagem: Guosong Hong]

Catalisador de carbono

Os nanotubos de carbono andaram um tanto eclipsados por seu primo plano, o grafeno, mas os cientistas não pararam de encontrar potenciais novos usos para eles.

Uma descoberta particularmente promissora acaba de ser realizada por cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Embora haja um grande esforço para fabricar nanotubos de carbono de alta pureza e estruturalmente perfeitos, Hongjie Dai e seus colegas descobriram que, com as impurezas e os defeitos adequados, os pequenos tubos podem substituir a caríssima platina no papel de catalisador.

"Desenvolver uma alternativa de baixo custo para a platina tem sido um dos maiores objetivos das pesquisas por várias décadas, disse o Dr. Dai. "A platina é muito cara, tornando impraticável a comercialização de soluções em larga escala [baseadas no metal]."

O catalisador de nanotubo de carbono poderá ser usado em células a combustível e em um tipo promissor de bateria a ar, que promete superar as atuais baterias de lítio.

Nanotubos de carbono de parede múltipla

Os pesquisadores usaram nanotubos de carbono de parede múltipla, formados por dois ou três nanotubos colocados uns dentro dos outros.

Eles descobriram que a criação de defeitos na parede do nanotubo mais externo, enquanto os nanotubos internos permanecem intactos, melhora sua atividade catalítica sem interferir com sua capacidade de conduzir eletricidade.

"Os defeitos são realmente importantes para formar sítios de catálise, tornando o nanotubo muito ativo para reações catalíticas," disse Yanguang Li, responsável pelos experimentos.

Como não dá para limar nanotubos de carbono, os pesquisadores mergulharam-nos em uma solução química que desdobra porções do nanotubo externo, essencialmente criando pequenas lascas de grafeno que se projetam para fora e para dentro, travando os nanotubos internos.

O tempero final veio com pitadas de ferro e nitrogênio, aumentando a função catalisadora do nanotubo. Como os tubos internos não sofrem defeitos estruturais, eles mantêm a capacidade de condução de energia.

Similar a platina e paládio

"Nós descobrimos que a atividade catalítica dos nanotubos é muito próxima à da platina. Essa elevada atividade e a estabilidade da estrutura torna-a promissora para o uso em células a combustível," disse Li.

O grupo já enviou amostras de seus catalisadores de nanotubos para que equipes que trabalham com células a combustível e tipos inovadores de baterias avaliem seu rendimento.

"As baterias de lítio-ar são promissoras por causa de sua densidade ultra-alta de energia, que é mais de 10 vezes superior à das melhores tecnologias atuais de íons de lítio," disse Dai.

"Um dos obstáculos para seu desenvolvimento tem sido a falta de um catalisador de alto desempenho e baixo custo. Os nanotubos de carbono são uma excelente alternativa à platina, ao paládio e outros catalisadores de metais preciosos agora em uso," concluiu.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Carta de um Químico Apaixonado


BERÍLIO Horizonte, ZINCO de BENZENO de 2000.

.Querida VALÊNCIA,
.
Não estou sendo PRECIPITADO e não desejo CATALIZAR nenhuma REAÇÃO IRREVERSÍVEL entre nós dois, mas sinto que ESTRÔNCIO perdidamente apaixonado por você. SaBISMUTO bem que te amo. Posso lhe assegurar que não sou nenhum ÉRBIO e que traBARIO duro para ter uma vida ESTÁVEL.

Lembro-me de que tudo começou nURÂNIO passado num simples ARSÊNIO de mão , quando atravessávamos aquela PONTE DE HIDROGÊNIO. Você em seu carro PRATA, com rodas de MAGNÉSIO. Houve, então, uma forte ATRAÇÃO entre nós e acertamos nossos COEFICIENTES, compartilhamos nossos ELETRONS e a LIGAÇÃO foi inevitável. Inclusive quando lhe LIGUEI no dia seguinte, mesmo sendo dENXOFRE, você respondeu carinhosamente: "PROTON! Com quem tenho o PRASEODÍMIO de falar? Nosso namoro é muito CÉRIO e está indo muito bem, embora não moremos em um palácio de OURO. Nunca causamos nenhum ESCÂNDIO e BROMETO solenimente QUIMICAsarei com você.

Espero que não esteja SATURADA, pois devemos sempre buscar uma REAÇÃO DE ADIÇÃO e não de SUBSTITUIÇÃO. Soube que sua tia Inês lhe disse que a emBROMO. MANGANES cuidar de
sua vida e de seu COBRE e creia NIQUEL digo: nunca agirei de modo ESTANHO! Se o fizer um dia, sugiro que procure um AVOGRADO para que me METAIS na CADEIA.

Nada de procurar um PROCESSO DE SEPARAÇÃO. Não somos MISTURA, mas sim SUBSTÂNCIAS PURAS! Mesmo sendo um pouco VOLÁTIL, nosso relacionamento não deve dar erRADIO. Se isso acontecesse, IRIDIO emBORO URÂNIO de raiva. Espero que cortes relações com o HÉLIO ( que não é um NOBRE ), com o TÚLIO e que te afastes do GERMÂNIO, POLÔNIO e FRANCIO. Esses casos devem sofrer uma NEUTRALIZAÇÃO ou, pelo menos, uma grande DILUIÇÃO.

Antes de me deitar, ainda com o abajur aCÉSIO, desCALCIO meus chinelos e MERCÚRIO no SILÍCIO da noite. Penso que, sem você, minha vida teria uma DENSIDADE despresível, seria um VÁCUO perfeito. Você é a luz que me ALUNÍNIO e espero que o PH do nosso relacionamento não passe de 7 para não ficar naquela BASE... Peço para mandar pelo portador meu disco de KCI.

.Saiba, VALÊNCIA, que não SAIS de todas as CAMADAS do meu pensamento!!!
. 
AbrACIDOS do seu MarcelANTANIO


domingo, 10 de junho de 2012

A química da amizade


A química da amizade

Que ter amigos é bom, todo mundo sabe! Mas será que isso mexe com a química de nosso corpo?


Brincar é uma delícia. Com um amigo para aumentar a bagunça, então, nem se fala! Por outro lado, quem não acha mais fácil passar por uma situação triste quando se tem um amigo do peito para enfrentar junto os problemas?

(Foto: sierraromeo / Flickr)

Isso parece óbvio, aposto que todo mundo vai concordar. Mas alguns cientistas do Canadá estão tentando desvendar a química por trás do ombro amigo nas horas difíceis. 

Um estudo recém-divulgado aponta que a presença de um melhor amigo suaviza o efeito que as experiências negativas têm sobre nós.

Os resultados foram obtidos a partir da análise de amostras de saliva – eca! – e também de questionários preenchidos por crianças.

Funcionava assim: as crianças participavam do estudo durante quatro dias escolares seguidos. Várias vezes por dia, eram recolhidas amostras de saliva e cada um dos participantes preenchia um questionário sobre os acontecimentos do dia e como estavam se sentindo no momento.

Com isso, os pesquisadores pretendiam avaliar a autoestima dos participantes e também a presença, na saliva, de uma substância chamada cortisol – um hormônio liberado pelo nosso corpo quando passamos por uma situação de estresse.

Eles observaram que, quando as crianças tinham uma experiência negativa, como serem provocadas por colegas, a produção de cortisol aumentava. Porém, se o melhor amigo ou amiga estivesse por perto, ela não era tão grande.

“Quando as crianças passam por uma experiência negativa e não têm um amigo por perto, seu corpo precisa estimular mais o funcionamento dos mecanismos de produção do cortisol para lidar com o estresse”, explica William Bukowski, da Universidade de Concordia, que participou do estudo.

A química por trás disso tudo pode parecer complicada, mas um amigo de verdade é muito simples de entender: está aí para todas as horas!


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Fleróvio e livermório: novos elementos da Tabela Periódica

Nomes dos elementos 114 e 116 foram aprovados pela União Internacional de Química Pura e Aplicada e serão publicados na edição de julho da "Pure and Applied Chemistry"



Tabela Periódica com novos elementos

Fleróvio e Livermório: elementos são fabricados pelo homem e duram apenas alguns milissegundos
Quase um ano após serem adicionados oficialmente à Tabela Periódica, os elementos 114 e 116 foram finalmente batizados: fleróvio e livermório. As novas designações foram aprovadas pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC, na sigla em inglês), na reunião que celebrou o fim do Ano Internacional da Química, no dia 31 de maio.

O fleróvio (114, símbolo atômico Fl) foi batizado em homenagem ao físico russo Georgiy Flerov (1913-1990). Ele descobriu a fissão espontânea do urânio e fundou o Laboratório de Reações Nucleares, que fica em Dubna, na Rússia. O centro de pesquisas participou da ‘fabricação’ do elemento 114. Tanto o fleróvio como o livermório não são encontrados na natureza. Podem apenas ser forjados em laboratório, por milésimos de segundo, como o resultado da colisão entre núcleos mais leves em um acelerador.

O livermório (116, símbolo atômico Lv), por sua vez, recebeu seu nome em homenagem ao Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL, na sigla em inglês) e à cidade de Livermore, na Califórnia. Um grupo de cientistas do laboratório ajudou a sintetizar o elemento 116 junto com os russos, em Dubna. É mais um elemento ligado ao laboratório americano. O Laurêncio (elemento 103), sintetizado em 1961, recebeu o nome em homenagem ao físico Ernest Lawrence (1901-1958), fundador do LLNL. Cientistas do LLNL já participaram da descoberta de quatro elementos, além do 114 e 116: os de número 113,115, 117 e 118.

"Estes nomes honram não apenas as contribuições individuais dos cientistas desses laboratórios para o campo da ciência nuclear, mas também a fenomenal cooperação entre os cientistas desses dois países", afirmou Bill Goldstein, diretor do LLNL.

Os nomes dos elementos serão publicados na edição de julho do periódico Pure and Applied Chemistry, da IUPAC.